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# 41 - Podcast - CEF 
Sueli Machado

Nessa palestra, abordaremos temas importantes sobre a relação entre o ser humano e os animais. Você já se perguntou para onde vai a alma do animal depois de seu desencarne? Deseja conhecer a visão dos espiritismo sobre a eutanásia em animais? Qual a ligação entre o homem e o animal? Já fomos animais? Por que os animais têm cancer? Por que eles adoecem? 

Vamos falar sobre tudo isso...

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Título/data/Palestrante

Prece

Palestra

A providência divina

Os animais progridem

Por que os animais adoecem?

Como Deus fala conosco?

O homem é um deus para eles!

LE - 605-a

Princípio único

LE - 607-a

LE - 607-a

LE - 607-a, b

LE - 609

Sueli Machado

O Livro dos Espíritos-Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos-Capítulo XI — Dos três reinos-Os animais e o homem-605a (veja na Kardecpedia)

Os animais e o homem

 

605. Considerando-se todos os pontos de contato que existem entre o homem e os animais, não seria lícito pensar que o homem possui duas almas: a alma animal e a alma espírita, e que, se esta última não existisse, só como o bruto poderia ele viver? Por outra: que o animal é um ser semelhante ao homem, tendo de menos a alma espírita? Dessa maneira de ver resultaria serem os bons e os maus instintos do homem efeito da predominância de uma ou outra dessas almas?

“Não, o homem não tem duas almas. O corpo, porém, tem seus instintos, resultantes da sensação peculiar aos órgãos. O que há no homem é, apenas, uma dupla natureza: a natureza animal e a natureza espiritual. Participa, pelo seu corpo, da natureza dos animais e de seus instintos. Por sua alma, participa da dos Espíritos.”

a) – De modo que, além de suas próprias imperfeições de que cumpre ao Espírito despojar-se, tem ainda o homem que lutar contra a influência da matéria?

“Sim; quanto mais inferior é o Espírito, tanto mais apertados são os laços que o ligam à matéria. Não o vedes? O homem não tem duas almas; a alma é sempre única em cada ser. São distintas uma da outra a alma do animal e a do homem, a tal ponto que a de um não pode animar o corpo criado para o outro. Mas, conquanto não tenha alma animal, que, por suas paixões, o nivele aos animais, o homem tem o corpo que, às vezes, o rebaixa até ao nível deles, visto que o corpo é um ser dotado de vitalidade e de instintos, porém inteligentes estes e restritos ao cuidado que a sua conservação requer.”

Encarnando no corpo do homem, o Espírito lhe traz o princípio intelectual e moral, que o torna superior aos animais. As duas naturezas existentes no homem dão às suas paixões duas origens diferentes: umas provêm dos instintos da natureza animal, provindo as outras das impurezas do Espírito encarnado, que simpatiza mais ou menos com a grosseria dos apetites animais. Purificando-se, o Espírito se liberta pouco a pouco da influência da matéria. Sob essa influência, aproxima-se do bruto. Isento dela, eleva-se à sua verdadeira destinação.

606. Donde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a alma de natureza especial de que são dotados?

“Do elemento inteligente universal.”

a) – Então emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais?

“Sem dúvida alguma, porém no homem passou por uma elaboração que a coloca acima da que existe no animal.”

607. Dissestes (190) que o estado da alma do homem, na sua origem, corresponde ao estado da infância na vida corporal, que sua inteligência apenas desabrocha e se ensaia para a vida. Onde passa o Espírito essa primeira fase do seu desenvolvimento?

“Numa série de existências que precedem o período a que chamais humanidade.”

a) – Parece que, assim, se pode considerar a alma como tendo sido o princípio inteligente dos seres inferiores da criação, não?

“Já não dissemos que tudo na natureza se encadeia e tende para a unidade? Nesses seres, cuja totalidade estais longe de conhecer, é que o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco e se ensaia para a vida, conforme já dissemos. É, de certo modo, um trabalho preparatório, como o da germinação, por efeito do qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito. Entra então no período humano, começando a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos. Assim, à fase da infância se segue a da adolescência, vindo depois a da juventude e da madureza. Nessa origem, coisa alguma há de humilhante para o homem. Sentir-se-ão humilhados os grandes gênios por terem sido fetos informes nas entranhas que os geraram? Se alguma coisa há que lhe seja humilhante, é a sua inferioridade perante Deus e sua impotência para lhe sondar a profundeza dos desígnios e para apreciar a sabedoria das leis que regem a harmonia do universo. Reconhecei a grandeza de Deus nessa admirável harmonia, mediante a qual tudo é solidário na natureza. Acreditar que Deus haja feito, seja o que for, sem um fim, e criado seres inteligentes sem futuro, seria blasfemar da sua bondade, que se estende por sobre todas as suas criaturas.”

b) Esse período humano principia na Terra?

“A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período humano começa, geralmente, em mundos ainda inferiores à Terra. Isto, entretanto, não constitui regra absoluta, pois pode suceder que um Espírito esteja apto a viver na Terra desde o início de seu período humano. Não é frequente o caso; constitui antes uma exceção.”

608. O Espírito do homem tem, após a morte, consciência de suas existências anteriores ao período humano?

“Não, pois não é desse período que começa a sua vida de Espírito. Difícil é mesmo que se lembre de suas primeiras existências humanas, como difícil é que o homem se lembre dos primeiros tempos de sua infância e ainda menos do tempo que passou no seio materno. Essa a razão por que os Espíritos dizem que não sabem como começaram.” (78.)

609. Uma vez no período da humanidade, conserva o Espírito traços do que era precedentemente, quer dizer: do estado em que se achava no período a que se poderia chamar ante-humano?

“Depende da distância que medeie entre os dois períodos e do progresso realizado. Durante algumas gerações, pode ele conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se opera na natureza por brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos. Aqueles vestígios, porém, se apagam com o desenvolvimento do livre-arbítrio. Os primeiros progressos só lentamente se efetuam, porque ainda não têm a secundá-los a vontade. Vão em progressão mais rápida, à medida que o Espírito adquire mais perfeita consciência de si mesmo.”

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