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# 84 Podcast
Sueli Machado

Em épocas de transição, quando o que é estabelecido deixa de funcionar, todos enfrentam desafios e algum sofrimento como parte do processo de mudança.

 

No Espiritismo, provas e expiações são vistos como oportunidades de transformação e, lidar com a dor, faz parte da evolução espiritual.

 

Refletir sobre esse aspecto da vida pode ser difícil em uma sociedade hedonista, mas é importante ouvir a própria consciência, para aprofundar a compreensão.

Consulte as questões indicadas de O Livro dos Espíritos (na página de apoio à Palestra).
Questões: 258, 259, 263, 264, 266, 267, 267, 268, 270, 273

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Tema/Data/Palestrante

Prece

Palestra

Expiação e Provação

a Dor dos Sofrimentos

LE - 258

Somos cocriadores

LE - 259

Citação de Marco Aurélio

Citação de Epicteto

A Dor, o Corpo e a Mente

LE - 263

LE - 264

LE - 266

Mito da Caverna de Platão

LE - 267

Karma negativo, ou criações Dolorosas

LE - 268

LE - 270

LE - 273

Citações de Epicteto

Sueli Machado

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 258 — (veja na Kardecpedia)

258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal,
tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?

“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar, e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”

 

a) – Não é Deus, então, que lhe impõe as tribulações da vida, como castigo?

​

“Nada ocorre sem a permissão de Deus, porquanto foi Deus que estabeleceu todas as leis que regem o universo. Ide agora perguntar por que decretou ele esta lei e não aquela!

Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal.

 

Se vier a sucumbir, restar-lhe-á a consolação de que nem tudo se lhe acabou, e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito.

 

Ademais, cumpre se distinga o que é obra da vontade de Deus do que o é da do homem.

Se um perigo vos ameaça, não fostes vós quem o criou e sim Deus. Vosso, porém, foi o desejo de a ele vos expordes, por haverdes visto nisso um meio de progredirdes, e Deus o permitiu.”

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 259  — (veja na Kardecpedia)

259. Do fato de pertencer ao Espírito a escolha do gênero de provas que deva sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações que experimentamos na vida nós as previmos e escolhemos?

“Todas, não, porque não escolhestes e previstes tudo o que vos sucede no mundo, até às mínimas coisas.

 

Escolhestes apenas o gênero das provações. 
 

As particularidades são a consequência da posição em que vos achais e, muitas vezes, das vossas próprias ações. Escolhendo, por exemplo, nascer entre malfeitores, sabia o Espírito a que arrastamentos se expunha; ignorava, porém, quais os atos que viria a praticar. Esses atos resultam do exercício da sua vontade, ou do seu livre-arbítrio.

 

Sabe o Espírito que, escolhendo tal caminho, terá que sustentar lutas de determinada espécie; sabe, portanto, de que natureza serão as vicissitudes que se lhe depararão, mas ignora se se verificará este ou aquele evento. Os acontecimentos secundários se originam das circunstâncias e da força mesma das coisas. Previstos só são os fatos principais, os que influem no destino.

 

Se tomares uma estrada cheia de sulcos profundos, sabes que terás de andar cautelosamente, porque há muita probabilidade de caíres; ignoras, contudo, em que ponto cairás e bem pode suceder que não caias, se fores bastante prudente. Se, ao percorreres uma rua, uma telha te cair na cabeça, não creias que estava escrito, segundo vulgarmente se diz. 

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 263 — (veja na Kardecpedia)

263. O Espírito faz a sua escolha logo depois da morte?

​

“Não, muitos acreditam na eternidade das penas, o que, como já se vos disse, é um castigo.”

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 264 — (veja na Kardecpedia)

264. Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer?

​

“Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas,
as que o levem à expiação destas e a progredir mais depressa.

 

Uns, podem, portanto, impor a si mesmos uma vida de misérias e privações, objetivando suportá-las com coragem;


outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, bem como pelas paixões inferiores que uma e outro desenvolvem;

outros, finalmente, se decidem a experimentar suas forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vício.”

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 266 — (veja na Kardecpedia)

266. Não parece natural que se escolham as provas menos dolorosas?

“Pode parecer-vos a vós; ao Espírito, não. Logo que este se desliga da matéria, cessa toda ilusão e outra passa a ser a sua maneira de pensar.”

Sob a influência das ideias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso. Tal a razão de lhe parecer natural sejam escolhidas as que, do seu ponto de vista, podem coexistir com os gozos materiais. Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos.

Assim, pois, o Espírito pode escolher prova muito rude e, conseguintemente, uma angustiada existência, na esperança de alcançar depressa um estado melhor, como o doente escolhe muitas vezes o remédio mais desagradável para se curar de pronto. Aquele que intenta ligar seu nome à descoberta de uma região desconhecida não procura trilhar estrada florida. Conhece os perigos a que se arrisca, mas também sabe que o espera a glória, se lograr bom êxito.

A doutrina da liberdade que temos de escolher as nossas existências e as provas que devamos sofrer deixa de parecer singular, desde que se atenda a que os Espíritos, uma vez desprendidos da matéria, apreciam as coisas de modo diverso do nosso. Divisam a meta, que bem diferente é para eles dos gozos fugitivos do mundo. Após cada existência, veem o passo que deram e compreendem o que ainda lhes falta em pureza para atingirem aquela meta. Daí o se submeterem voluntariamente a todas as vicissitudes da vida corpórea, solicitando as que possam fazer que a alcancem mais depressa.

 

Não há, pois, motivo de espanto no fato de o Espírito não preferir a existência mais suave. Não lhe é possível, no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que trata de se melhorar.

Não vemos, aliás, todos os dias, exemplos de escolhas tais? Que faz o homem que passa uma parte de sua vida a trabalhar sem trégua, nem descanso, para reunir haveres que lhe assegurem o bem-estar, senão desempenhar uma tarefa que a si mesmo se impôs, tendo em vista melhor futuro? O militar que se oferece para uma perigosa missão, o navegante que afronta não menores perigos, por amor da Ciência ou no seu próprio interesse, que fazem, também eles, senão sujeitar-se a provas voluntárias, de que lhes advirão honras e proveito, se não sucumbirem? A que se não submete ou expõe o homem pelo seu interesse ou pela sua glória?

E os concursos não são também todos provas voluntárias a que os concorrentes se sujeitam, com o fito de avançarem na carreira que escolheram? Ninguém galga qualquer posição nas ciências, nas artes, na indústria, senão passando pela série das posições inferiores, que são outras tantas provas. A vida humana é, pois, cópia da vida espiritual; nela se nos deparam em ponto pequeno todas as peripécias da outra.

Ora, se na vida terrena muitas vezes escolhemos duras provas, visando posição mais elevada, por que não haveria o Espírito, que enxerga mais longe que o corpo e para quem a vida corporal é apenas incidente de curta duração, de escolher uma existência árdua e laboriosa, desde que o conduza à felicidade eterna?

Os que dizem que pedirão para ser príncipes ou milionários, uma vez que ao homem é que caiba escolher a sua existência, se assemelham aos míopes, que apenas veem aquilo em que tocam, ou a meninos gulosos, que, a quem os interroga sobre isso, respondem que desejam ser pasteleiros ou doceiros.

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 267 — (veja na Kardecpedia)

​

267. Pode o Espírito proceder à escolha de suas provas enquanto encarnado? 

​

“O desejo que então alimenta pode influir na escolha que venha a fazer, dependendo isso da intenção que o anime. Dá-se, porém, que, como Espírito livre, muitas vezes vê as coisas de modo diferente.

 

O Espírito por si só é quem faz a escolha; entretanto, ainda uma vez o dizemos, possível lhe é fazê-la mesmo na vida material, porque há sempre momentos em que o Espírito se torna independente da matéria que lhe serve de habitação.”

 

a) – Não é decerto como expiação, ou como prova, que muita gente deseja as grandezas e as riquezas. Será?

 

“Indubitavelmente, não.
A matéria deseja essa grandeza para gozá-la, e o Espírito para conhecer-lhe as vicissitudes.”

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 268 — (veja na Kardecpedia)

​

268. Até que chegue ao estado de pureza perfeita, tem o Espírito que passar constantemente por provas?

​

“Sim, mas que não são como o entendeis. Chamais de provas as tribulações materiais; ora, havendo-se elevado a um certo grau, o Espírito, embora não seja ainda perfeito, já não tem que sofrê-las. Continua, porém, sujeito a deveres nada penosos, cuja satisfação lhe auxilia o aperfeiçoamento, mesmo que consistam apenas em auxiliar os outros a se aperfeiçoarem.”

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 270 — (veja na Kardecpedia)

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270. A que se devem atribuir as vocações de certas pessoas e a vontade que sentem de seguir uma carreira de preferência a outra?

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“Parece-me que vós mesmos podeis responder a esta pergunta.

Pois não é isso a consequência de tudo o que dissemos sobre a escolha das provas e sobre o progresso efetuado em existência anterior?”

O Livro dos Espíritos - Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos - Capítulo VI — Da vida espírita - Escolha de provas - 273 — (veja na Kardecpedia)

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273. Será possível que um homem de raça civilizada reencarne, por expiação, numa raça de selvagens?

​

“É; mas depende do gênero da expiação.

Um senhor que tenha sido de grande crueldade para os seus escravos poderá, por sua vez, tornar-se escravo e sofrer os maus tratos que infligiu a seus semelhantes.

 

Um, que em certa época exerceu o mando, pode, em nova existência, ter que obedecer aos que se curvaram ante a sua vontade.

 

Ser-lhe-á isso uma expiação, se ele abusou do seu poder, e Deus poderia impô-la a ele.

 

Também um Espírito bom pode querer encarnar no seio de povos selvagens, ocupando posição influente, para fazê-los progredir. Em tal caso, desempenha uma missão.”

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