
# 49 Podcast 
Ângela Maria Barboza
Não generalizando, ponderando um estudo sobre a Realidade, podemos ver, por nosso íntimo - todos passamos sofrimentos, aflições, angústias, dores, etc.
E, no mais das vezes, mascaramos a Dor com imagens de nós mesmos para os outros e para conosco, que nada indicam o quão sofremos!
Assim sendo, se buscarmos recursos na Doutrina dos Espíritos, vamos ouvir que existem saídas para o Sofrimento, que nos sinalizam possibilidades de mudar; e que podemos!
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uma Sugestão
Ângela Maria Barboza
a Ventura dos Aflitos
O Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo V — Bem-aventurados os aflitos (você pode ler mais e em sequência na Kardecpedia)
Bem-aventurados os aflitos
1. Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados.
— Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados.
— Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus.
(S. Mateus, 5:4, 6 e 10)
2. Bem-aventurados vós, que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus.
— Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados.
— Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis.
(S. Lucas, 6:20 e 21)
Mas, ai de vós, ricos! que tendes no mundo a vossa consolação. — Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. — Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar.
(S. Lucas, 6:24 e 25)
BEM SOFRER E MAL SOFRER (Intrução dos Espíritos)
 
O Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo V — Bem-aventurados os aflitos - Instruções dos Espíritos - Bem e mal sofrer - 18 (se desejar, veja na Kardecpedia)
18. Quando o Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence”, não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha.
Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma.
Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral.
Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa.
Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: “Fui o mais forte.”
Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim:
Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso.
Lacordaire
Havre, 1863