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# 22 - Podcast - CEF 
Sandro Veras

0:08 Prece
0:46 Palestra
12:46 Revista espírita-1861-fevereiro
18:27 "O Tempo" de Mário Quintana"
21:30 O Livro de Respostas- Capítulo 15
22:28 Nós também iremos...
28:28 Revista espírita-1866-Outubro
31:33 ...nós precisamos mudar esse cenário...
32:42 A gente vê...
33:41 Ter a Oportunidade!
35:55 Revista espírita-1866-outubro
41:15 Questionando sobre o uso do Tempo
45:25 O Livro dos Espíritos - 919
46:30 O Livro dos Espíritos - 919a
53:14 Frase final - Agenda Cristã - capítulo 30

Sandro Veras

Revista espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1861 - Fevereiro - Ensino espontâneo dos Espíritos - Ditados obtidos ou lidos na sociedade por vários médiuns - Comentário ao ditado publicado sob o titulo de "despertar do espírito" (link da Kardecpedia)

 

Comentário ao ditado publicado sob o titulo de "despertar do espírito"

Numa comunicação que o Espírito de Georges ditou à Senhora Costel, publicada na Revista de outubro de 1860, sob o título O despertar do Espírito, foi dito que não há relações amistosas entre os Espíritos errantes; que até mesmo aqueles que se amaram não trocam sinais de reconhecimento. Sobre muitas pessoas essa teoria causou uma impressão muito penosa, principalmente porque os leitores da Revista consideram aquele Espírito elevado, e admiraram a maioria de suas comunicações. Se essa teoria fosse absoluta, estaria em contradição com o que tantas vezes foi dito, que no momento da morte os Espíritos amigos vêm receber o recém chegado; ajudam-no a se desvencilhar dos laços terrenos e, de certo modo, o iniciam em sua nova vida. Por outro lado, se os Espíritos inferiores não se comunicassem com os mais adiantados, não poderiam progredir.

 

Procuramos refutar essas objeções num artigo da Revista de novembro de 1860, sob o título Relações afetuosas dos Espíritos, mas eis os comentários que, a pedido nosso, o próprio Georges deu em sua comunicação:

 

“Quando um homem é surpreendido pela morte nos hábitos materialistas de uma vida que jamais lhe deixou tempo livre para se ocupar de Deus; quando, ainda palpitando de angústias e de pavores terrenos chega ao mundo dos Espíritos, ele se assemelha a um viajante que ignora a língua e os costumes da terra que visita. Mergulhado na perturbação, é incapaz de se comunicar e de compreender até as próprias sensações, bem como as alheias; erra, envolto no silêncio. Então sente germinarem, brotarem e se desenvolverem lentamente pensamentos desconhecidos, e uma nova alma floresce na sua. Chegada a tal ponto, a alma cativa sente caírem suas amarras, e qual uma ave posta em liberdade, lança-se para Deus, soltando um grito de alegria e de amor. Então se comprimem ao seu redor os Espíritos dos parentes, os amigos purificados que silenciosamente haviam-no acolhido em seu retorno. São em número pequeno aqueles que podem, logo após a libertação do corpo, comunicar-se com os amigos nesse reencontro. É necessário ter merecido, e só os que realizaram gloriosamente as suas migrações é que, desde o primeiro momento, se acham bastante desmaterializados para gozar desse favor que Deus concede como recompensa. 

Apresentei uma das fases da vida espírita. Não tive a intenção de generalizar, e como se vê, não falei senão do estado nos primeiros instantes que se seguem à morte, o qual pode ser mais ou menos duradouro, conforme a natureza do Espírito. De cada um depende abreviá-lo, desprendendo-se dos laços terrenos já na vida corpórea, pois só o apego às coisas materiais o impede de fruir a felicidade da vida espiritual.”

GEORGES
 

OBSERVAÇÃO: Nada mais moral que essa doutrina, pois mostra que nenhuma fruição prometida pela vida futura é obtida sem mérito; que a própria felicidade de rever os seres queridos e de comunicar-se com eles pode ser adiada. Numa palavra, que a situação na vida espírita é, em tudo, o que dela fizermos pela nossa conduta na vida corpórea.

Poema de Mário Quintana: "O Tempo" (link no Blog do Manoel Afonso)

 

O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará. 

O Livro de Respostas - Emmanuel - FEB (link no site Docero Brasil)


Capítulo 15 - Aviso do Tempo
 

O tempo endereça às criaturas o seguinte aviso, em cada alvorecer:
 

— Certamente, Deus te concederá outros dias e outras oportunidades de
trabalho, mas faze agora todo o bem que puderes, porque dia igual ao de hoje
só terás uma vez. 

 

Começa a trabalhar e o teu próprio serviço trará os companheiros. 

Revista espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1866 - Outubro - Instruções dos Espíritos sobre a regeneração da humanidade (link da Kardecpedia)

Instruções dos Espíritos sobre a regeneração da humanidade

(Paris, abril de 1866 - Médiuns: Srs. M e T em sonambulismo)

Os acontecimentos se precipitam com rapidez, por isto não vos dizemos mais, como outrora: “Os tempos estão próximos”; agora dizemos: “Os tempos estão chegados.”

 

Por estas palavras não entendais um novo dilúvio, nem um cataclismo, nem um desabamento geral. Convulsões parciais do globo ocorreram em todas as épocas e ainda se produzem, pois se devem à sua constituição, mas não são sinais dos tempos.

 

Entretanto, tudo quanto está predito no Evangelho deve realizar-se e se realiza neste momento, como reconhecereis mais tarde. Mas não tomeis os sinais anunciados senão como figuras, cujo espírito, e não a letra, deve ser apreendido. Todas as escrituras encerram grandes verdades sob o véu da alegoria e é porque os comentadores se apegaram à letra que se confundiram. Faltou-lhes a chave para que compreendessem o verdadeiro sentido. Essa chave está nas descobertas da Ciência e nas leis do mundo invisível que o Espiritismo vem revelar-vos. De agora em diante, com o auxílio desses novos conhecimentos, o que era obscuro torna-se claro e inteligível.

 

Tudo segue a ordem natural das coisas, e as leis imutáveis de Deus não serão perturbadas. Assim, não vereis milagres nem prodígios, nem nada de sobrenatural, no sentido vulgar ligado a estas palavras.

 

Não olheis para o céu a fim de aí buscar sinais precursores, pois não os vereis, e aqueles que vo-los anunciam vos enganarão, mas olhai em torno de vós, entre os homens, e aí os encontrareis.

 

Não sentis um vento que sopra na Terra e agita todos os Espíritos? O mundo está à espera e como que tomado por um vago pressentimento à aproximação da tempestade.

 

Não acrediteis, entretanto, no fim do mundo material; a Terra progrediu desde a sua transformação; ela deve continuar progredindo, e não ser destruída. Mas a Humanidade chegou a um de seus períodos de transformação, e a Terra vai elevar-se na hierarquia dos mundos.

 

Não é, pois, o fim do mundo material que se prepara, mas o fim do mundo moral; é o velho mundo, o mundo dos preconceitos, do egoísmo, do orgulho, do fanatismo que se esboroa. Cada dia leva consigo alguns fragmentos. Tudo acabará para ele com a geração que se vai e a geração nova erguerá o novo edifício que as gerações seguintes consolidarão e completarão.

 

De mundo de expiação, a Terra está chamada a tornar-se um dia um mundo feliz, e nela habitar será uma recompensa, em vez de ser uma punição. O reinado do bem aí deve suceder o do mal.

 

Para que os homens sejam felizes na Terra, é necessário que ela seja povoada somente por bons Espíritos, encarnados e desencarnados, que não quererão senão o bem. Como já chegou esse tempo, uma grande emigração se realiza neste momento, entre os que a habitam; aqueles que fazem o mal pelo mal e que não são tocados pelo bem, não sendo mais dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque aí trariam novamente a perturbação e a confusão e seriam um obstáculo ao progresso. Eles irão expiar seu endurecimento nos mundos inferiores, para onde levarão os conhecimentos adquiridos, e terão por missão promover o progresso desses mundos. Serão substituídos na Terra por Espíritos melhores, que farão reinar entre eles a justiça, a paz, a fraternidade. 

A Terra, já o dissemos, não deve ser transformada por um cataclismo que aniquilaria subitamente uma geração. A geração atual desaparecerá gradualmente, e a nova a sucederá, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas. Tudo se passará, pois, exteriormente, como de hábito, com uma única diferença, mas essa diferença é capital: Uma parte dos Espíritos que aí encarnavam não mais encarnarão. Numa criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e votado ao mal que ali encarnaria, será um Espírito mais adiantado e dedicado ao bem. Trata-se, pois, muito menos de uma nova geração corporal que de uma nova geração de Espíritos. Assim, aqueles que esperavam ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão decepcionados.

Se desejar ler mais, pois o tema é longo e muito atual, vá à Kardecpedia

Revista espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1866 - Outubro - Instruções dos Espíritos sobre a regeneração da humanidade (link da Kardecpedia)

(Seguindo a leitura do item anterior) - Instruções dos Espíritos sobre a regeneração da humanidade (Paris, abril de 1866 - Médiuns: Srs. M e T em sonambulismo)

 

A época atual é de transição. Confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados em ponto intermediário, vós assistis à partida de uma e à chegada da outra, e cada um já está marcado no mundo pelos caracteres que lhe são próprios.


As duas gerações que sucedem uma à outra têm ideias e pontos de vista diametralmente opostos. Pela natureza das disposições morais, mas sobretudo das disposições intuitivas e inatas, é fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.


A nova geração, que deve estabelecer a era de progresso moral, distingue-se por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas, o que é sinal indubitável de um certo grau de adiantamento anterior. Ela não será composta exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas daqueles que, já tendo progredido, estão predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento regenerador.


Ao contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, para começar, a revolta contra Deus pela negação da Providência e de todo poder superior à Humanidade; depois, a propensão instintiva às paixões degradantes, aos sentimentos do egoísmo, do orgulho, do ódio, do ciúme, da cupidez, enfim a predominância do apego a tudo o que é material.


São esses os vícios de que a Terra deve ser expurgada pelo afastamento dos que recusam emendar-se, porque eles são incompatíveis com o reino da fraternidade e porque os homens de bem sofrerão sempre com o seu contato. A Terra deles ficará livre e os homens marcharão sem entraves para o futuro melhor, que lhes está reservado aqui embaixo, como prêmio aos seus esforços e à sua perseverança, enquanto esperam que uma depuração ainda mais completa lhes abra a entrada dos mundos superiores. 

Se você chegou na leitura até aqui, leia todo o texto pois lhe interessa. Kardecpedia

O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo XII - Da perfeição moral - Conhecimento de si mesmo - questão 919 (link da Kardecpedia)

919. Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do
mal?

 

"Um sábio da Antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo."

 

O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo XII - Da perfeição moral - Conhecimento de si mesmo - questão 919a (link da Kardecpedia)


919a. Conhecemos toda a sabedoria desta máxima; porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?

“Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticou durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que fez, rogando a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?” Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.

“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas. Faça o balanço de seu dia moral, como o comerciante faz o de suas perdas e seus lucros; e eu vos asseguro que a primeira operação será mais proveitosa do que a segunda. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.

“Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Ora, que é esse descanso de alguns dias, turvado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.”


SANTO AGOSTINHO.


Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos.

A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que as máximas, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. Aquela exige respostas categóricas, por um sim ou um não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que são outros tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.

Livro: Agenda Cristã - André Luiz-Chico Xavier - capítulo 30
 (link na Revista Consolador). Se você se interessar pelo Agenda Cristã, vale sempre ler o Livro (Link do livro em PDF)

Capítulo 30.  Respostas à Pressa 

 

Evite a impaciência.

Você já viveu sé­culos incontáveis e está diante de milênios sem-fim.

Guarde a calma.

Fuja, porém, à ociosi­dade, como quem reconhece o decisivo va­lor do minuto.

Semeie o amor.

Pense no devotamento d´Aquele que nos ama desde o princípio.

Guarde o equilíbrio.

Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.

Cultive a confiança.

O Sol reaparecerá amanhã, no horizonte, e a paisagem será di­ferente.

Intensifique o próprio esforço.

Sua vida será o que você fizer dela.

Estime a solidariedade.

Você não poderá viver sem os outros,
embora na maioria dos casos possam os outros viver sem você.

Experimente a solidão, de quando em quando.

Jesus esteve sozinho, nos momen­tos cruciais de sua passagem pela Terra.

Dê movimento construtivo às suas ho­ras.

Não converta, no entanto, a existência numa torre de Babel.

Renda culto fiel à paz.

Não se esqueça, todavia, de que você jamais viverá tranquilo
sem dar paz aos que pisam seu caminho.

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