
# 21 - Podcast - CEF 
Valéria Cristini
0:00 Tema e Palestrante
0:08 Prece
0:41 Palestra
02:40 O Livro dos Espíritos 614 
04:07 O Livro dos Espíritos 615 
04:19 O Livro dos Espíritos 616 
08:31 O Livro dos Espíritos 617 
10:37 O Livro dos Espíritos 617a
18:04 Avaliando o nosso caminho
21:15 O Livro dos Espíritos 893 
24:28 Há virtude...
27:05 A gente não entendeu...
30:27 O Livro dos Espíritos 895 
33:59 É igual na nossa Vida...
36:01 O Evangelho segundo o Espiritismo - A Lei de Amor 8 
42:28 O Evangelho segundo o Espiritismo - O Egoísmo 11 
51:44 Nossas Justificativas...
52:08 Poema do Rogério
Valéria Cristini
O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo I - Da lei divina ou natural - Caracteres da lei natural - questão 614 (link da Kardecpedia)
 
614. Que se deve entender por lei natural?
 
"A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de fazer, e ele só é infeliz quando dela se afasta."
O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo I - Da lei divina ou natural - Caracteres da lei natural - questão 615 (link da Kardecpedia)
615. É eterna a lei de Deus?
 
"Eterna e imutável como o próprio Deus."
O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo I - Da lei divina ou natural - Caracteres da lei natural - questão 616 (link da Kardecpedia)
616. Será possível que Deus em certa época haja prescrito aos homens o que noutra época lhes proibiu?
"Deus não se engana. Os homens é que são obrigados a modificar suas leis, por serem imperfeitas. As de Deus, essas são perfeitas. A harmonia que reina no universo material, como no universo moral, se funda em leis estabelecidas por Deus desde toda a eternidade."
O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo I - Da lei divina ou natural - Caracteres da lei natural - questão 617 (link da Kardecpedia)
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617. As leis divinas, que é o que compreendem no seu âmbito? 
Concernem a alguma outra coisa, que não somente ao procedimento moral?
"Todas as leis da natureza são leis divinas, pois que Deus é o autor de tudo. 
O cientista estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda e pratica as da alma." 
O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo I - Da lei divina ou natural - Caracteres da lei natural - questão 617a (link da Kardecpedia)
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617a. Dado é ao homem aprofundar umas e outras?
“É, mas uma única existência não lhe basta para isso.”
 
Efetivamente, que são alguns anos para a aquisição de tudo o de que precisa o ser, a fim de se considerar perfeito, ainda que se pense apenas na distância que vai do selvagem ao homem civilizado? Insuficiente seria, para tanto, a existência mais longa possível. Ainda com mais forte razão o será quando curta, como é para a maior parte dos homens.
Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência. 
 
As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo e nas suas relações com Deus e com seus semelhantes. Contêm as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são as leis morais.
O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo XII - Da perfeição moral - As virtudes e os vícios - questão 893 (link da Kardecpedia)
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893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?
“Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.”
O Livro dos Espíritos - Parte terceira - Das leis morais - Capítulo XII - Da perfeição moral - As virtudes e os vícios - questão 895 (link da Kardecpedia)
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895. Postos de lado os defeitos e os vícios acerca dos quais ninguém se pode equivocar,
qual o sinal mais característico da imperfeição? 
“O interesse pessoal. Frequentemente, as qualidades morais são como, num objeto de cobre, a douradura que não resiste à pedra de toque. Pode um homem possuir qualidades reais, que levem o mundo a considerá-lo homem de bem. Mas essas qualidades, conquanto assinalem um progresso, nem sempre suportam certas provas, e às vezes basta que se fira a corda do interesse pessoal para que o fundo fique a descoberto. O verdadeiro desinteresse é coisa ainda tão rara na Terra que, quando se patenteia, todos o admiram como se fora um fenômeno. 
 
“O apego às coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais se aferra aos bens deste mundo, tanto menos compreende o homem o seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, demonstra que encara de um ponto mais elevado o futuro.”
O Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo XI - Amar o próximo como a si mesmo - Instruções dos Espíritos - A lei de Amor - 8 (link da Kardecpedia)
8. O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações;
quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra – amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. É então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. – Lázaro. (Paris, 1862.)
O Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo XI - Amar o próximo como a si mesmo - Instruções dos Espíritos - O egoísmo - 11 (link da Kardecpedia)
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11. O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.
É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações. – Emmanuel. (Paris, 1861.)